sábado, 24 de outubro de 2009

Geografia e poesia

Marcando participação no evento do GDP Informar, "Tecnologia e Poesia", alunos do 7º ano da E.E. Benjamim Guimarães, pesquisam, analisam, recitam e fazem mural destacando "Estrelas da Poesia Brasileira".





CORA CORALINA







Cora Coralina , pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, nasceu na cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, Em 1903 já escrevia poemas sobre seu cotidiano, tendo criado, juntamente com duas amigas, em 1908, o jornal de poemas femininos "A Rosa". Em 1910, seu primeiro conto, "Tragédia na Roça", é publicado no "Anuário Histórico e Geográfico do Estado de Goiás", já com o pseudônimo de Cora Coralina. Em 1934, torna-se vendedora de livros da editora José Olimpio que, em 1965, lança seu primeiro livro, "O Poema dos Becos de Goiás e Estórias Mais". Em 1976, é lançado "Meu Livro de Cordel". Em 1980, Carlos Drummond de Andrade, como era de seu feitio, após ler alguns escritos da autora, manda-lhe uma carta elogiando seu trabalho, a qual, ao ser divulgada, desperta o interesse do público leitor e a faz ficar conhecida em todo o Brasil.






O poema “Minha cidade”, permite trabalhar com uma das categorias de análise da Geografia – o lugar – e aborda a relação, principalmente afetiva, da artista com a cidade.
Os PCNs de Geografia do 6º ao 9º ano (MEC) exprimem que: “O sentimento de pertencer a um território e sua paisagem significa fazer dele o seu lugar de vida e estabeler identidade com eles”. O lugar é onde estão as refrências e o sistema de valores que direciona, formas de perceber e constituir a paisagem e o espaço geografico. É por intermédio dos lugares que se dá a comunicação entre o homem e o mundo.


MINHA CIDADE

Goiás, minha cidade...
Eu sou aquela amorosa
De tuas ruas estreitas,
Curtas,
Indecisas,
Entrando,
Saindo
Umas das outras.
Eu sou aquela menina feia da ponte da Lapa.
Eu sou aninha.
Eu sou aquela mulher
Que ficou velha,
Esquecida,
Nos teus larguinhos e nos teus becos tristes,
Contando estórias,
Fazendo adivinhação.
Cantando teu passado.
Cantando teu futuro.
Eu vivo nas tuas igrejas
E sobrados
E telhados
E paredes.
Eu sou estas casas
Encostadas
Cochichando umas com as outras,
Eu sou a dureza desses morros,
Revestidos
Enflorados,
Lascados, lacerados.
Queimado pelo fogo.
Pastados
Calcinados
E renascidos.
Minha vida, meus sentidos,
Minha estética,
Todas as vibrações
De minha sensibilidade de mulher,
Tem, aqui suas raízes.
Cora Coralina



ANTIGA CASA DE CORA CORALINA







BOM SUCESSO MINHA CIDADE

BOM SUCESSO



Construída entre montanhas
Uma igreja
Uma casa aqui outra acolá
Tudo convergindo para o progresso
Para o sucesso
Ela é majestosa, elegante
Em cima de morros elevados
Pessoas simples, corajosas e amorosas
Entregam seus trabalhos
Para tudo se tornar melhor
Sucesso bem sucedido
É a nossa Bom Sucesso

VITOR HUGO - 7º ANO